PEMBA, 03 de Novembro de 2020 – Cerca de 312.600 pessoas dos distritos com elevado risco de surtos epidémicos da Cólera, na Província de Cabo Delgado, incluindo as deslocadas internamente (IDPs), foram vacinadas contra a doença nas primeira e segunda rondas, ambas realizadas respectivamente em Setembro e Outubro de 2020, o correspondente a uma taxa de cobertura de 85%, segundo os resultados finais da Direcção Provincial de Saúde de Cabo Delgado (DPS).

Com a Campanha de Vacinação Oral contra a Cólera (OCV), o Governo de Moçambique, com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e da Aliança Mundial para Vacinação e Imunização (GAVI) pretende bloquear a transmissão da Cólera que está a afectar, desde Fevereiro passado, alguns distritos da Província de Cabo Delgado e que já resultou em mais de 1.600 casos e 27 óbitos.

“A vacina contra a Cólera, de toma oral, desenvolve a imunidade na pessoa uma semana após a toma. Com a administração das duas doses, as pessoas vacinadas ficarão protegidas contra a Cólera por um período entre três a cinco anos e reduzindo, deste modo, o risco de surtos epidémicos da doença que têm sido registados, sobretudo, em épocas chuvosas”, disse o Dr. Tomás Valdez, Representante Interino da OMS em Moçambique.

“A vacina contra a Cólera é uma medida custo-efectiva, por isso, a OMS, o UNICE e outros parceiros prontificaram-se em apoiar as autoridades nacionais e provinciais na realização desta Campanha de Vacinação”, reiterou o Representante Interino da OMS. 

De referir que a Campanha de Vacinação Oral contra Cólera (OCV) abrangeu pessoas com 12 meses de vida em diante, incluindo mulheres grávidas, pessoas idosas e doentes dos distritos de Pemba, Ancuabe, Ibo, Macomia, Palma e Metuge e o lançamento da mesma foi efectuada pelo Primeiro-Ministro, Engenheiro Carlos Agostinho do Rosário em representação de Sua Excelência o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi.

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