São Tomé - O Banco Mundial e a Organização Mundial da Saúde (OMS) sob a supervisão do Governo Santomense assinaram hoje um Memorandum de Entendimento de Apoio ao Sistema Nacional de Saúde no quadro de resposta à pandemia de Covid-19 e outras possíveis emergências no país.

O evento teve lugar no Ministério da Saúde e sob o testemunho do tutelar da pasta da saúde, Dr. Edgar Neves.

Na assinatura do acordo o Banco Mundial foi representado por Alberto Leal, director da AFAP – Agência Fiduciária para Administração de Projectos, enquanto a Organização Mundial da Saude pela Representante Residente desta organização em São Tomé e Príncipe, Dra Anne Ancia.

O Memorandum tem por objectivo fortalecer a capacidade do Governo de São Tomé e Príncipe, de forma imediata para responder ao surto de COVID-19 e, a longo prazo, fortalecer as capacidades para o Regulamento Sanitário Internacional (RSI) para a segurança da saúde e o Sistema Nacional de Preparação e Resposta às emergências de Saúde Pública em geral.

Espera-se que no final do projecto que tem a duração de 17 meses, o sistema nacional de saúde esteja fortalecido com capacidades, tanto do ponto de vista de treinamento de pessoal, de reforço de sistemas  da vigilancia, de laboratório, de manuseamento de casos, para reagir com eficácia e eficiência à  pandemia do Covid19 e outros eventos importantes de saúde pública. A AFAP fica encarregue pelas aquisições de equipamentos hospitalares de referência.

O projecto hoje assinado com a Organização Mundial da Saúde, estima-se em 1,3 milhões de dólares, e é parte de um pacote global de 2,5 milhões de dólares americanos assinado entre o Governo e o Banco Mundial.

Os objetivos específicos do projeto, em consonância com o esboço do Plano Nacional de Segurança Sanitária e do Plano de Resposta COVID-19 para São Tomé e Príncipe, prevê as seguintes componentes:

• Reforçar a coordenação das operações de preparação e resposta aos acontecimentos de saúde pública em geral, promovendo a abordagem "Uma Saúde" e as ações de resposta à pandemia COVID-19 na região nacional, distrital e autónoma do Príncipe;
• Reforçar a capacidade de vigilância para a deteção precoce de casos, a gestão dos alertas/rumores e contactos e reforçar as capacidades centrais de saúde pública do IHR nos pontos de entrada PoE, visando um risco potencial para a saúde pública em geral e o COVID-19 em particular;
•  Contribuir para reforçar as capacidades laboratoriais do país para responder as doenças prioritárias, incluindo o diagnóstico do COVID-19;
• Reforçar a estratégia nacional de comunicação de riscos e envolvimento da comunidade, aumentando assim a sensibilização e a tomada de decisões informadas entre as comunidades;
• Aumentar a capacidade de prestação de cuidados e gestão otimizada do COVID-19 e promover as medidas de prevenção e controlo de infecções, de institucionalização sustentada no estabelecimento dos cuidados de saúde e nas comunidades .