Moçambique celebra o Dia Mundial de Luta Contra a Malária

Moçambique celebra o Dia Mundial de Luta Contra a Malária

Maputo, 29 de Abril de 2013 -- A Esposa do Presidente da República de Moçambique, Dra Maria da Luz Dai Guebuza, dirigiu na Quinta- feira, em Ndlavela, Província de Maputo, Município da Matola, as celebrações do Dia Mundial de Luta Contra a Malária, 25 de Abril sob o lema “Invista no futuro. Vença a Malária!”. Na ocasião Dra Guebuza sublinhou a importância de “ reforçar o apelo à todos os segmentos da sociedade do nosso País, sobre o perigo que a malária representa para o bem estar das nossas comunidades”.

O Dia Mundial de Luta Contra a Malária foi celebrado em todo o Pais e consistiu na realização de Feiras de Saúde, caravanas, actividades culturais, recreativas, concursos nas escolas, jogos educativos sobre a malária, programas com os Órgãos de comunicação social entre outras.

A Dra Maria da Luz Dai Guebuza lamentou o facto de, apesar de esforços contínuos, a malária ainda constitui um dos maiores problemas de saúde pública no nosso país, sendo as maiores vítimas as mulheres grávidas e crianças menores de 5 anos. “Infelizmente, continua a ser a principal causa de morte de crianças em Moçambique”, disse preocupada, Maria da Luz.

De acordo com a esposa do Presidente da República, a prevalência da malária ainda é um desafio a superar na redução das doenças endémicas. “Assim, cada um de nos é chamado a reforçar o engajamento nesta luta: (i) Eliminando as águas estagnadas em volta das nossas casas; (ii) Usando correctamente as redes mosquiteiras tratadas com insecticida; (iii) Colaborando com as equipas de roceadores de pulverização intra – domiciliária; e (iv) no caso das mulheres grávidas, fazendo o Tratamento Intermitente Preventivo durante as Consultas Pré-natais”, apelou ela.

Dados do Ministério da Saúde indicam que indicam que em 2012 o País registou um total de 3.101.573 e 1.653 mortes contra 3.197.840 casos, e 2.134 óbitos em 2011.

A anteceder a intervenção da Governadora da Provincial de Maputo, Eng. Maria Jonas, o Director Nacional de Saúde Pública, Dr. Mouzinho Saíde, apelou a todos para irem a unidade sanitária caso tenham algum sintoma da doença. “Temos medicamentos, enfermeiros e médicos com capacidade para tratar a malária”, disse.

O Representante da OMS em Moçambique, Dr. Daniel Kertesz, que participou nas celebrações apelou ao Governo e aos parceiros no sentido de aumentarem os fundos de modo a garantir que quantidades suficientes de produtos, nomeadamente Redes Mosquiteiras Impregnadas com Insecticida de Longa Duração, Testes de Diagnóstico Rápidos, microscópios, reagentes e anti - maláricos, sejam acessíveis aos que necessitam.

A Directora da Agencia dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Dra Polly Dunford, referiu na ocasião que o objectivo dos Estados Unidos é “de apoiar o Governo moçambicano, nos esforços para reduzir a taxa de mortalidade por malária em 50% através de uma maior cobertura dos grupos vulneráveis com quatro intervenções altamente eficazes (i) terapia combinada à base de artemisinina; ( ii) Tratamento Intermitente Preventivo de mulheres grávidas (iii) uso de redes mosquiteiras com insecticidas e (iv) pulverização residual intra - domiciliaria.”

A Dra Eliane Moser, da Embaixada do Canadá falando em nome dos parceiros do primeiro contacto, congratulou-se pelos esforços do Governo de Moçambique, dos parceiros de saúde, que tem possibilitado a disponibilidade de recursos para implementar o Programa Nacional de Controlo da Malária. “No entanto, todos reconhecemos que desafios significativos permanecem em relação a luta contra a Malária.

Aspectos sistémicos incluindo questões de armazenamento e distribuição de medicamentos tem afectado a implementação das boas políticas existentes”, lamentou.

Ela apelou ao nível do Ministério da Saúde no sentido de levar a cabo acções decisivas de modo a que não sejam perdidas as oportunidades que poderão fazer uma grande diferença no controlo da malária, como por exemplo as campanhas anuais de pulverização domiciliária com insecticida.

O Relatório Mundial de 2012 sobre a Malária indica uma redução de 33% das mortes devido a malária em África. Durante o mesmo período foram evitadas 1.1 Milhões de mortes devidos a malária. É igualmente encorajador verificar que 1/5 dos Países da Região africana estão em vias de alcançar a Meta de 2015, que é a redução do peso da malária em 75%.

As celebrações de Ndlavela participaram membros do Governos central, provincial e distrital, bem como parceiros nacionais e internacionais, membros da sociedade civil, sector privado, religiosos, e crianças dentro e fora da escola.

Moçambique celebra o Dia Mundial de Luta Contra a Malária

 

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