Angola debate reforço da vigilância integrada de doenças febris com alto impacto na saúde pública
Luanda, 8 de Dezembro de 2017 – Angola acaba de realizar uma conferência de dois dias dois sobre o impacto de doenças febris na saúde pública com o objectivo contribuir para a melhoria do sistema de vigilância integrada de tais doenças no país e fortalecer o Sistema Nacional de Saúde.
A conferência teve a participação mais de 150 delegados, incluindo responsáveis do Governo, académicos, profissionais do sector e parceiros nacionais e internacionais do sector da saúde, numa realização conjunta do Ministério da Saúde, da «Fundação Sagrada Esperança» e da OMS.
Pelo seu potencial epidémico e ameaça vectorial, as doenças febris agudas como a malária, a febre-amarela, dengue, zika, encefalite japonesa e a chikungunya, dentre outras, têm sido apontadas como um importante problema de saúde pública em Angola, como referiu a Directora Nacional de Saúde Pública, Drª Isilda Neves, na introdução da agenda do evento que decorreu nos dias 4 e 5 deste mês.
Ao dar as boas-vindas aos participantes, o Presidente da Fundação Sagrada Esperança, Roberto de Almeida, destacou a pertinência da conferência e a importância de uma melhoria dos indicadores de saúde e bem-estar da população angolana.
Para a Ministra da Saúde, Drª. Sílvia Lutucuta, que presidiu a sessão de abertura e encerramento, em nome do Vice-Presidente da República, «até 2022 o executivo angolano pretende atingir os seus compromissos nacionais e internacionais através de um reforço dos serviços de proximidade, a nível municipal, facilitar o acesso universal à saúde e dar respostas adequadas às necessidades imediatas das populações».
Depois de sublinhar que «neste domínio não deve haver falhas», a Drª Silvia Lutucuta recordou ainda que «as lições aprendidas com a epidemia de Febre-Amarela, que assolou o país em 2016, demonstram o quanto devemos estar preparados, capacitados e mobilizados para fazer face ao surgimento de doenças novas e reemergentes».
A Ministra da Saúde apelou igualmente à melhoria do saneamento do meio, ao acesso à água potável e à necessidade de uma maior educação e mobilização das comunidades, como forma de se reduzir a disseminação das doenças febris e de surtos epidémicos com altas taxas de morbilidade e de letalidade.
Para o Representante da OMS em Angola, Dr. Hernando Agudelo, «a implementação de medidas simples, eficazes e de baixo custo, ao alcance de todos, pode aliviar o impacto destas doenças sobre a saúde, assim como os seus efeitos negativos sobre a sociedade e a economia. «É o caso das acções de mobilização social e comunitária, da higiene do meio e de uma melhor protecção em áreas de maior risco de transmissão de tais doenças», indicou.
O Dr. Hernando Agudelo apontou ainda a globalização do comércio e das viagens, a urbanização, alterações climáticas e a segurança ambiental como alguns dos factores com grande impacto na transmissão dessas doenças febris que podem surgir onde menos se espera. «Por esta razão, a OMS recomenda que os países devem adoptar planos de preparação e resposta rápida para fazer face a tais eventos, com ênfase para a prevenção, a educação sistemática para a saúde e a mobilização e participação comunitária», salientou ele.
«Só assim os países membros poderão reduzir a incidência e a mortalidade de algumas destas doenças, assim como o seu negativo impacto nos sistemas nacionais de saúde e na economia», acrescentou ainda.
Realçando a importância deste encontro, o Representante da OMS recordou que em 2014, a OMS havia escolhido como tema para o Dia Mundial da Saúde o slogan «Doenças transmitidas por vectores - pequenas picadas, grandes ameaças», tendo na mira a vigilância integrada das doenças febris potencialmente epidémicas. «Esta escolha não surgiu em vão e teve por objectivo alertar para os riscos e ameaças que os vectores representam para a saúde pública e a sua sobrecarga nos sistemas nacionais de saúde», concluiu.
A conferência de Luanda inclui um total de cinco painéis, com destaque para a “Vigilância Integrada das Doenças Febris e Resposta”, a “Caracterização das Doenças Febris Potencialmente Epidémicas”, “Doenças Febris Potencialmente Epidémicas em Pediatria” e as “Doenças Febris e Infecções com importância para a Saúde”.
Pelo seu potencial epidémico e ameaça vectorial, as doenças febris agudas como a malária, a febre-amarela, dengue, zika, encefalite japonesa e a chikungunya, dentre outras, têm sido apontadas como um importante problema de saúde pública em Angola, como referiu a Directora Nacional de Saúde Pública, Drª Isilda Neves, na introdução da agenda do evento que decorreu nos dias 4 e 5 deste mês.
Ao dar as boas-vindas aos participantes, o Presidente da Fundação Sagrada Esperança, Roberto de Almeida, destacou a pertinência da conferência e a importância de uma melhoria dos indicadores de saúde e bem-estar da população angolana.
Para a Ministra da Saúde, Drª. Sílvia Lutucuta, que presidiu a sessão de abertura e encerramento, em nome do Vice-Presidente da República, «até 2022 o executivo angolano pretende atingir os seus compromissos nacionais e internacionais através de um reforço dos serviços de proximidade, a nível municipal, facilitar o acesso universal à saúde e dar respostas adequadas às necessidades imediatas das populações».
Depois de sublinhar que «neste domínio não deve haver falhas», a Drª Silvia Lutucuta recordou ainda que «as lições aprendidas com a epidemia de Febre-Amarela, que assolou o país em 2016, demonstram o quanto devemos estar preparados, capacitados e mobilizados para fazer face ao surgimento de doenças novas e reemergentes».
A Ministra da Saúde apelou igualmente à melhoria do saneamento do meio, ao acesso à água potável e à necessidade de uma maior educação e mobilização das comunidades, como forma de se reduzir a disseminação das doenças febris e de surtos epidémicos com altas taxas de morbilidade e de letalidade.
Para o Representante da OMS em Angola, Dr. Hernando Agudelo, «a implementação de medidas simples, eficazes e de baixo custo, ao alcance de todos, pode aliviar o impacto destas doenças sobre a saúde, assim como os seus efeitos negativos sobre a sociedade e a economia. «É o caso das acções de mobilização social e comunitária, da higiene do meio e de uma melhor protecção em áreas de maior risco de transmissão de tais doenças», indicou.
O Dr. Hernando Agudelo apontou ainda a globalização do comércio e das viagens, a urbanização, alterações climáticas e a segurança ambiental como alguns dos factores com grande impacto na transmissão dessas doenças febris que podem surgir onde menos se espera. «Por esta razão, a OMS recomenda que os países devem adoptar planos de preparação e resposta rápida para fazer face a tais eventos, com ênfase para a prevenção, a educação sistemática para a saúde e a mobilização e participação comunitária», salientou ele.
«Só assim os países membros poderão reduzir a incidência e a mortalidade de algumas destas doenças, assim como o seu negativo impacto nos sistemas nacionais de saúde e na economia», acrescentou ainda.
Realçando a importância deste encontro, o Representante da OMS recordou que em 2014, a OMS havia escolhido como tema para o Dia Mundial da Saúde o slogan «Doenças transmitidas por vectores - pequenas picadas, grandes ameaças», tendo na mira a vigilância integrada das doenças febris potencialmente epidémicas. «Esta escolha não surgiu em vão e teve por objectivo alertar para os riscos e ameaças que os vectores representam para a saúde pública e a sua sobrecarga nos sistemas nacionais de saúde», concluiu.
A conferência de Luanda inclui um total de cinco painéis, com destaque para a “Vigilância Integrada das Doenças Febris e Resposta”, a “Caracterização das Doenças Febris Potencialmente Epidémicas”, “Doenças Febris Potencialmente Epidémicas em Pediatria” e as “Doenças Febris e Infecções com importância para a Saúde”.
Durante os debates, os participantes chamaram à atenção para a necessidade de políticas e estratégias para atender os grupos vulneráveis, os chamados «mais pobres entre os mais pobres», de modo que o desenvolvimento do sector da saúde seja entendido como o início da promoção da equidade e da justiça social.
No final, os participantes aprovaram um pacote de resoluções visando o reforço da vigilância dos síndromes febris; a reorientação dos mecanismos e procedimentos da vigilância epidemiológica integrada pela abordagem clinica, epidemiológica, entomológica e laboratorial e a criação de um subsistema de vigilância sentinela das arboviroses nos hospitais gerais, considerando o elevado número de casos (até 90%) notificados com quadro clínico severo. Os participantes decidiram criar ainda um grupo técnico de trabalho encarregue da revisão e da publicação da actual proposta sobre o Reforço da Vigilância Nacional integrada, de forma a tornar o documento mais abrangente