Jornada Mundial Sem Tabaco
Tema: "A Interferência da Indústria do Tabaco
Praia, 31/05/12 -- O Dia Mundial Sem Tabaco - 31 de Maio, comemorado este ano sob o lema; “A interferência da indústria tabaqueira” ficou marcado com a realização de várias actividades de prevenção e de luta contra o tabagismo promovidas através dos Médias, e que contaram igualmente com o engajamento de sempre, da Associação para a Defesa dos Consumidores (ADECO), da Igreja Adventista do 7°- Dia, entre outros parceiros.
Para além das actividades nos meios de comunicação social, nomeadamente entrevistas, programas, spots de prevenção, etc., foram realizadas passeatas, que culminaram em actividades de informação, com vista a chamar a atenção sobre os malefícios do tabagismo, bem como o curso “Como deixar de fumar”, promovido anualmente, desde os anos 70, pela Associação da Igreja Adventista do 7°- Dia.
Numa declaração à imprensa, o Presidente da Associação da Igreja Adventista, o Pastor Olavo Santos, recordou que o lema deste ano: “A interferência da indústria tabaqueira" , visa chamar a atenção dos governos para a necessidade da tomada de medidas concretas para a implementação da Convenção-Quadro da OMS na Luta Antitabágica (FCTC).
O Pastor Olavo Santos assegurou no entanto que enquanto entidade religiosa irá ajudar sempre, com palestras e formações, permitindo a conscientização do público para as consequências negativas e nefastas do tabagismo e do fumo passivo. Recordamos que em 2007, a Igreja Adventista ganhou o Concurso da OMS, no quadro da Jornada Mundial Sem Tabaco, que lhe conferiu um prémio e um Diploma de Mérito da Organização. O curso “Como deixar de fumar” tem dado os seus frutos, permitido a muitas pessoas o abandono do vício do tabaco.
A Associação para a Defesa dos Consumidores – ADECO, que há longos anos também abraçou a luta contra o tabagismo, realizou várias actividades de informação e de sensibilização nas escolas e lugares públicos, uma exposição de posters e quadros sobre o impacto do tabaco na saúde bem como apresentações em “Power Point”, com dados do mundo e de Cabo Verde, concernentes ao tabagismo.
A exposição incluiu igualmente amostras de maços de cigarros com imagens de advertências sanitárias, à experiência do que acontece no Brasil, por exemplo. Recordamos que em 2011, a ADECO conquistou também o prémio do Concurso da Jornada Mundial Sem Tabaco, promovido pela OMS. Ainda em 2011, em parceria com o Tobacco Free Iniciative (TFI-África), da Organização Mundial da Saúde, realizou o festival “Hip-Hop para um Cabo Verde sem Tabaco”, que teve enorme impacto no seio dos jovens em particular e da população em geral.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) apela os líderes nacionais para aumentarem a sua vigilância contra os ataques cada vez mais agressivos da indústria do tabaco para minar as políticas que protegem as pessoas do tabaco. Na sua mensagem por ocasião da celebração do Dia Mundial Sem Tabaco, o Director Regional da OMS para a África, Dr. Luís Gomes Sambo disse, citamos: “... gostaria de chamar a atenção para a necessidade premente de os países tomarem medidas concretas para a implementação da FCTC da OMS e assegurarem que o público está plenamente consciente das consequências negativas do tabagismo e do fumo passivo.
Ao formularem e implementarem políticas de saúde pública, os decisores deverão garantir que estas ficam a salvo dos interesses estabelecidos da indústria tabaqueira”. O Dr. Luís Sambo diz igualmente que: “O Artigo 5.3 da Convenção-Quadro da OMS para a Luta Antitabágica (FCTC) obriga as Partes à Convenção a protegerem as suas políticas da interferência da indústria tabaqueira. Para um combate eficaz ao tabaco, os países estão a envolver outros sectores para a implementação da FCTC da OMS como parte da sua agência do desenvolvimento”.
Para o Director Regional da OMS: “A interferência da indústria tabaqueira e dos seus aliados no processo de elaboração e implementação de políticas para a luta antitabágica é um motivo de grande preocupação. É inaceitável que haja tentativas para desvalorizar as provas científicas sobre os efeitos nocivos do tabaco na saúde”, afirmou. Para o Director Regional: “Os sectores público e privado, bem como a sociedade civil em geral, têm um papel a desempenhar na concepção e implementação de programas e estratégias intersectoriais para a luta contra o tabaco, e precisam também de aumentar a sensibilização para o impacto do consumo de tabaco na saúde, no ambiente e no desenvolvimento socioeconómico”, fim de citação. Finalmente, o Director Regional da OMS para a Região Africana apela para que “redobremos os nossos esforços para proteger a saúde das populações, aumentando a sensibilização para os efeitos negativos do consumo de tabaco e para a interferência da indústria tabaqueira”.
E concluiu afirmando: Entre o tabaco e a saúde, a escolha é clara !, Na sua mensagem, diz ainda que existem indícios de um aumento do consumo de tabaco, sobretudo entre as raparigas. Que o consumo de tabaco mata quase seis milhões de pessoas por ano, das quais mais de 600,000 óbitos resultam da exposição ao fumo passivo. Diz também que como o tabaco não tem qualquer benefício conhecido para a saúde mas, antes pelo contrário, causa doenças, incapacidades e morte prematura, a indústria tabaqueira não pode ser um interveniente na melhoria da saúde pública.
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