Jornada Mundial de luta contra o Paludismo

Jornada Mundial de luta contra o Paludismo

“Manter os Ganhos, Salvar Vidas: Investir na Luta Contra o Paludismo”

Praia, 25/04/12 -- “Juntos vamos eliminar o paludismo!”, foi o apelo lançado pela Ministra Adjunta e da Saúde, Dra. Cristina Fontes Lima, por ocasião da celebração oficial do 25 de Abril - Jornada Mundial de Luta Contra o Paludismo, este ano sob o lema; “Manter os Ganhos, Salvar Vidas: Investir na Luta Contra o Paludismo”.

No decorrer da cerimónia, que teve lugar no Centro de Saúde de Achada Santo António, na cidade da Praia, a Ministra Adjunta e da Saúde apelou à população caboverdeana para que continue a colaborar na luta contra o paludismo e a dengue, e para que utilize sempre as boas práticas (higiène, saneamento e limpeza), a fim de termos melhor saúde. Agradeceu também a presença no acto, dos finalistas do concurso musical promovido pela Televisão caboverdeana, intitulado “Estrela POP”, que vieram juntar-se a esta luta, disseminando mensagens de prevenção contra o paludismo (e não só) aos jovens, e promovendo a luta pela saúde e por mais saúde em Cabo Verde, disse.

Durante a sua intervenção, a Dra. Cristina Fontes Lima afirmou que Cabo Verde está num processo de pré-eliminação do paludismo, apesar de nos anos 60 ter passado por um período de práticamente eliminação, e que para isso, conta hoje com um financiamento do Fundo Global. Em 2011, recordou, tivemos um total de 37 casos de paludismo, dos quais 30 foram importados, e infelizmente registamos 4 óbitos.

Quanto ao paludismo importado, que são devidos às ligações com as zonas endémicas, serão tomadas medidas para o reforço das capacidades sanitárias, que permitam detectar e reagir a tempo. Apelou contudo, para uma vigilância permanente, a fim de evitar a evolução de situações que possam causar perdas humanas.

Felicitou o trabalho que tem vindo a ser feito no quadro da luta contra o paludismo/dengue, mas insistiu para o facto de que não conseguiremos eliminar o paludismo sem o envolvimento das populações, do poder local, e sem a melhoria do saneamento e de acções de prevenção. A Ministra Adjunta e da Saúde concluiu dizendo que “Cabo Verde assinala este dia mundial ciente de que tem havido progressos importantes nesta matéria mas há ainda muito a fazer”.

Numa entrevista concedida aos órgãos de comunicação social, o Director Nacional de Saúde, Dr. António Pedro Delgado, disse que a luta contra o paludismo está a ser levada a cabo com a componente de luta anti-vectorial, ao mesmo tempo que também se combate a dengue e a febre amarela. Disse ainda que está ser levado a cabo um trabalho junto dos profissionais de saúde que tratam os doentes, para aumentar o garu de alerta nas pessoas, de forma a reagirem rápido perante situações de febre ou de outros sintomas (febre, mal-estar, dores no corpo, etc.) que possam ocorrer.

O Dr. Delgado apontou o objectivo 2015 para se chegar à condição de pré-eliminação ou consolidar a pré-eliminação, que consiste em ter 1 caso de paludismo para cada 1.000 habitantes. Considerou ainda frágil a situação do país, e por isso o dever de estarmos sempre atentos e criarmos as condições para eliminação do paludismo até o ano 2020.

Durante as actividades da jornada, o Director dos Serviços de Controlo de Doenças, Dr. Júlio Rodrigues, apresentou o historial de luta contra o paludismo em Cabo Verde desde a sua introdução, durante o povoamento das ilhas, no século XVI.

No passado, disse, o paludismo era altamente endémico, sobretudo nas ilhas de São Vicente, Sal, Maio, Boa Vista e Santiago. Devido às vigorosas campanhas de luta antivectorial levadas a cabo pelas brigadas de luta, os vectores foram considerados erradicados em todas as ilhas, excepto em Santiago, frisou. A Diminuição das actividades de controlo causou o reaparecimento de casos em 1973, tendo posteriormente ocorrido duas grandes epidemias em 1978 e 1988, que causaram 857 e 778 casos, respectivamente. Concluiu dizendo que foi a partir de então que a incidência do paludismo tem-se mantido relativamente baixa, com o diagnóstico de menos de 1 caso por 1.000 habitantes.

O Delegado de Saúde, Dr. Domingos Teixeira, considerou a Praia o porto de entrada principal do vector e com condições sócio-sanitárias pouco eficientes. Fez a apresentação de uma equipa anti-vectorial composta de 20 elementos, dispondo de fardamento e identificação que lhes permite efectuar eficazmente as suas funções juntos das comunidades.

O Representante da OMS, (de fato na foto) elogiou os progressos alcançados por Cabo Verde nesta luta, mas chamou a atenção para os comportamemntos de risco e falou da importância da parceria, pois como disse, é só neste quadro que poderemos eliminar o paludismo. Lembrou que foi graças aos esforços e progressos nesta luta, que Cabo Verde conseguiu o apoio do Fundo Mundial. Realçou a primordial importância da vigilância na luta contra o paludismo e insistiu na necessidade de se manter os progressos já alcançados.

Reportando-se à mensagem do Director Regional da OMS para a África, Dr. Luís Gomes Sambo, por ocasião do Dia Mundial de Luta Contra o Paludismo, o Dr. Barrysson disse, citamos : Apelo a todos os Estados-Membros, Comunidades Africanas, Agências da ONU, Instituições de Desenvolvimento, Fundações e parceiros internacionais, para se unirem no “impulso final” rumo ao acesso universal, colocando o controlo e a eliminação do paludismo no centro das estratégias de redução da pobreza”, fim de citação.

A mensagem do Director Regional da OMS conclui dizendo: “Os nossos investimentos vão contribuir para a consecução do Objectivo 6 de Desenvolvimento do Milénio, que é travar e começar a inverter a incidência do paludismo, melhorando a saúde infantil e materna. Vamos investir para derrotar o Paludismo!”.

A Jornada Mundial de luta contra o paludismo foi celebrada em todas as ilhas do Arquipélago com actividades práticas de luta, sensibilização, programas nos Médias e distribuição de materiais Informação, Educação e Comunicação - IEC.

Cabo Verde está na boa via para a eliminação do paludisme e o financiamento do Fundo Mundial será um grande apoio. A próxima revisão do programa, identificará os “gaps” restantes, apelando para o investiemento de todos os parceiros internacionais e nacionais.*

Jornada Mundial de luta contra o Paludismo

 01 Da Esq. Para A Direita O Director Dos Serviços De Controlo De Doenças, O Director Nacional De Saúde, A Ministra Adjunta E Da Saúde, O Representante Da OMS E O Delegado De Saúde Da Praia 02 Jovens Finalistas Do Concurso Musical “Estrela POP” 03 Ministra Adjunta E Da Saúde, Dra. Cristina Fontes Lima 04 Director Nacional De Saúde, 2°- Esquerda 05 Ministra Adjunta E Da Saúde, Representante Da OMS E O Director Nacional Da Saúde 06 07 Dr. Júlio Rodrigues, Director Dos Serviços De Controlo De Doenças, Durante A Apresentação 08 09
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Tels: (+238) 262 14 08,
Email: mendoncaj [at] afro.who.int ( )
 

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