Hepatite viral será eliminada da Região Africana até 2030
Adis Abeba, Etiópia, 22 de Agosto de 2016 – A Região Africana quer eliminar, até 2030, a hepatite viral como uma das principais ameaças à saúde pública. Com o lançamento do documento Prevenção, Cuidados e Tratamento da Hepatite Viral na Região Africana: Quadro de Acção 2016-2020, a OMS fornece orientações aos Estados-Membros na Região sobre como implementar a primeira Estratégia Mundial do Sector da Saúde sobre hepatite viral, que foi aprovada em Maio pela Assembleia Mundial da Saúde.
“Ao longo dos próximos cinco anos, a Região Africana deve ter menos um terço de infecções crónicas de hepatites virais B e C,” diz a Dr.ª Matshidiso Moeti, Directora Regional da OMS. “Para além disso, também queremos reduzir o número de mortes relacionadas com as hepatites virais B e C em 10%,” continua a Dr.ª Moeti.
A hepatite viral é uma infecção do fígado provocada por cinco vírus distintos da hepatite (A, B, C, D e E) e é um problema de saúde pública altamente alastrado na Região Africana. Todos os cinco vírus da hepatite podem causar doenças graves, mas os números mais elevados de mortes resultam de cancro do fígado e cirrose – uma condição onde ocorrem cicatrizes irreversíveis no fígado após uma infecção crónica com hepatite B e C.
Em todo o mundo, 400 milhões de pessoas estão infectadas com hepatite B e C, mais de 10 vezes do número de pessoas que vivem com o VIH. A hepatite viral foi a sétima maior causa de mortalidade no mundo em 2013, com 1,4 milhões de mortes estimadas por ano – subindo de menos de um milhão em 1990. Hoje, apenas 1 em 20 pessoas com hepatite viral sabem se a têm e apenas 1 em 100 que possuem a doença estão a ser tratadas.
Na Região Africana, a hepatite B é altamente endémica e afecta cerca de 100 milhões de pessoas, principalmente na África Ocidental e Central, enquanto cerca de 19 milhões de adultos estão cronicamente infectados com hepatite C. Está disponível uma vacina eficaz de prevenção da hepatite viral B. Novos medicamentos orais, bem tolerados, para pessoas com infecções crónicas do vírus da hepatite C podem alcançar taxas de cura acima dos 90%. Está também disponível um tratamento eficaz para pessoas com infecções crónicas da hepatite B, embora para a maioria esse tratamento tem de ser vitalício. A hepatite viral está também a tornar-se cada vez mais uma causa crescente de mortalidade entre pessoas que vivem com o VIH. Cerca de 2,3 milhões de pessoas que vivem com o VIH estão co-infectadas com o vírus da hepatite C e outras 2,6 milhões estão co-infectadas com o vírus da hepatite B.
Com o quadro recentemente aprovado no Comité Regional da OMS para a África, a Região procura parar a transmissão da hepatite viral, intensificar a sensibilização das pessoas e a prevenção, assim como assegurar que todos os que vivem com hepatite viral têm acesso a serviços de cuidados e tratamento seguros, acessíveis e eficazes.
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Para mais informações, por favor contactar:
Dr.ª Magda Robalo, Directora do Agrupamento de Doenças Transmissíveis E Porta-voz do Comité Regional, OMS AFRO; E-mail: robalom [at] who.int
Pieter Desloovere, Consultor de Comunicações, OMS AFRO; E-mail: deslooverep [at] who.int
Collins Boakye-Agyemang, Conselheiro das Comunicações Regionais, OMS AFRO; Tel: + 242 06 520 6565; E-mail: boakyeagyemangc [at] who.int
Loza Mesfin Tesfaye, Responsável pelas Comunicações, OMS AFRO; Tel: +251 911 144 194; E-mail: tesfayel [at] who.int
Fabienne Aboua, Responsável pelas Comunicações, OMS AFRO; E-mail: abouaf [at] who.int